4 de agosto de 2015

Du Monde


Du Monde
Suzette Rizzo

Caminhava por seus dias,
muito distante da paz
e não sentia os efeitos da luz,
porque as trevas eram densas demais.
Atirava-se aos abismos,
preparando sua cama com delírios.





E de nada resolveu
aquele sinal da cruz diário
antes de dormir
ou seus agradecimentos a Deus;
Se  a conduta era digna do mundo,
e dos céus, jamais!

Era absurdamente sedutor
e creio ter sido esse o problema.
O mal crava os dentes naquele
que desperta amores ensandecidos.

Mas ele não era mau,
apenas do mundo.
Certa promiscuidade,
mas não consciente ...
Apenas, irritantemente  ativo...

E leigo nas questões morais,
atirou-se no lamaçal,
sem querer.

Se foi para sempre, tragicamente;
aquele anjo meu,
du monde.
Suzette Rizzo

19/08/2005





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