4 de agosto de 2015

Alma cármica

Alma cármica
Suzette Rizzo


Sonhei um caminho forrado de papeis A4,
e neles,
pensamentos e poemas lidos, relidos
como são os passos dados.
Sentia a alma abraçada a quenturas,
como se do corpo de cada poema
exalasse sutil mormaço.





Sonhei tantas coisas que não li ou escrevi,
cerquei-me de sábios e poetas queridos
nesse abraço.
Era um caminho verdejante,
numa redoma cristalina,
o oposto desta vida.
Acordei entregue a arrumação das gavetas,
entupidas da papelada de horas e horas
da inspiração drástica
desta alma cármica.






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