3 de junho de 2015

Bifurcação


Bifurcação (II)
Suzette Rizzo


Guiavam-me teus olhos
e palavras florescentes.
Alimentavam-me os versos na madrugada,
tuas mãos acariciando meu cabelo,
tua alma na minha, trançada!

Quanta conversa boa entre um e outro café,
cinzeiro abarrotado, olhos nos olhos,
vidas entrelaçadas...
Quanta coisa boa sentíamos,
naquele nosso cantinho da sala enluarada!



Como pode?
Porque as coisas se partem pelo meio,
o coração se divide,
a alma pende a outro ser...
Por quê?

Quantas tolas madrugadas
essas de agora,
assim...  Bifurcadas!



2 comentários:

  1. As encruzilhadas da vida, sentidas como ninguém! A poesia, a bela poesia tem disto: de tristeza se constroem palácios! Parabéns Suzette!

    ResponderExcluir
  2. Vitor. C, meu amigo. Poucos gostam da minha triste poesia e fico demais feliz
    quando a compreendem e mais feliz agora estou, por suas lindas palavras.
    Muitíssimo obrigada! Abraço forte

    ResponderExcluir