24 de maio de 2015

Enquanto...


Enquanto é tempo
Suzette Rizzo

Abstraio coisas de mim,
bagatelas do tempo injusto
e outras que nem desfruto.
Nada melhor que ensacar o entulho
calar da alma o barulho,
recomeçar.

E vamos então as coisas experimentais,
viver alheios ao destino,
dobrar algumas esquinas,
andar por ai apressados,
tal qual corre a vida
pra chegar antes de nós.

Pronto! Estamos sem corpo físico,
apenas sonhos restaram,
talvez certa luz mágica.
Não é fácil nos enxergarmos...

Quem sabe, 
possamos flutuar com leveza
nossas essências
ou talvez estejamos medrosos
da nova existência

Pior que aqui não será...
Embora não haja
muitas escolhas por lá.
E quem somos, como somos,
a exposição dos pensamentos
mostrará.

Por enquanto,
abstraio defeitos de mim
atirando-os ao vento...
Que lá não há.






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