24 de fevereiro de 2015

Castelos destroçados


Castelos destroçados
Suzette Rizzo 

Castelos!
Imensos, medievais,
enfeitando regiões da Europa...
cercados de  florestas encantadas,
todos em meus sonhos de menina.
Depois, castelos simbólicos
dos desejos especiais,
distantes das possibilidades...
E castelos de areia, desconjuntados,
dissolvidos pelas lágrimas:
tristonha mágica!



Castelos!
Com suas torres e escadarias espiraladas
para os céus...
apinhados dos Edens de felicidade,
cujas naves espaciais jamais descobrem
esses mundos abstratos,
escondidos por trás das garras solares,
sei lá!

Castelos de pedras maciças, sobrepostas
tal qual as ruínas druidas...
Pseudo-sensações, pseudo-ilusões...
interjeições inseridas apenas,
nas minhas implosões interiores.
Sonhos de vento, levados pra longe,
como folhas desvinculadas das macieiras
dos pecadores.

Partes de obra inacabada,
interrompida bruscamente.
Solidez de desejos doentes,
dificuldade de conquista,
e aí sim, talvez o Castelo das Luzes,
das almas rebocadas
sem mais cruzes.

Tantos castelos isolando
minhas débeis partículas
na masmorra da masmorra,
onde estou trancafiada 
em completo abandono...
No entanto, inatingível  quanto a alma,
que ainda mendiga sonhos.

Suzette Rizzo

September 03, 2004
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