30 de janeiro de 2015
Amanhã
Amanhã...
Suzette Rizzo
deixarás de lado
os vestígios
do teu Hércules
e rei Midas
a sabotar tua
alma.
Serás somente o
ser sofrido,
disposto a
chorar o impossível
até prostrar
o corpo
tamanha calma.
Então,
renascerás como eu,
que deixei de
lado a pretensão,
de pensar que
sou mais sabia
que os vizinhos
da minha essência
e mais
conhecedora dos conflitos
amorosos e
críticos.
Deixaremos de
lado e de vez
o passado,
o corpo
esquentado,
os
sonhos gastos...
E seremos
somente pessoas
sem quaisquer
disfarces,
apenas a evitar
recordações
meladas ou
amargas;
Assexuados sim,
até reencontrarmos
nosso porto
seguro.
Pois estarão
distantes
todas essas
coisas,
muito atrás,
entre as dores
do mundo
em nossa estrada
da vida,
e nas esquinas
esquecidas,
apenas páginas
viradas.
Então, refeitos
da dor,
subiremos numa
arvore bem alta
para cantar
nossa liberdade de ser
e a
possibilidade abençoada
de esmagar
ressequidas
folhas de outono...
Serão apenas
fragmentos
das gélidas
saudades
e falsas
ilusões,
que o vento levará.
Rasgaremos o
lacre do futuro
para ler o que
foi reservado
Viveremos novas
histórias
debaixo
do sol;
que o tempo
escreverá,
através de nós.
(Para um poeta
amigo)
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