Permissividade
Suzette
Rizzo
É
preciso arrancar a alma,
salgar
a fronha,
mas
não permitir a insônia
inventar
coisas.
É
preciso esmagar um a um
os
sentimentos,
até
que esse inseto interior
não
mais se movimente.
É
preciso refrear nomes,
não
pensar bulas vencidas,
consentir
o entorpecimento
da
ilusão da vida
e
nunca mais perder tempo
com
ego alheio
nem
fingir-me permissiva.