Estigmas
Suzette
Rizzo
Moro
dentro de um poema
inacabado,
entre
cartuns,
histórias
de amor frustrado,
desgostos
e
o horror de conhecer por dentro
esse
tal sexo oposto.
Daí
o vazio, daí o choro continuo
borrando
recordações pequenas,
as
mesmas que foram grandes
desfeitas
pouco a pouco.
Moro
aqui neste poema-desabafo,
um
dos raros prazeres,
embora
sorvendo cacos
e,
expelindo deuses.
Moro
num buraco negro
quando
fecho os olhos
revejo
cicatrizes,
sinto
o gelo dos medos
e
escrevo.