27 de setembro de 2014




Colapso
Suzette Rizzo

Este mundo 
em que as vontades se envergam
como galhos das arvores 
pós-tempestade, 
consome qualquer habitante!
Mundo aclive
em que eu pelo menos
rolo abismos
e sempre caio de onde estive!
Mundo ardido de fogueiras...
e o coração pobre coitado
fatalmente fulminado.
Pergunto-me por que 
não passa logo uma nave
e me tira da ilusão-entrave;
Melhor é ser abduzida.
Aguardo um extraterrestre,
ou um intra terrestre, sei lá,
que de mim se enterneça
e aperte os eixos da minha cabeça.
Ou então, 
regule as hélices da minha vida,
para eu funcionar sem mais esta fadiga 
de viver neste planeta.