14 de junho de 2014


Recado
Suzette Rizzo

Meus pés caminham  
sobre arei a grossa
entre seres que desforram em mim
a cura das suas lesões,
qualificando-me do que eles são,
por vezes me chamando “mártir”
pelo silencio que me afoga
e chora tensões.



Ando em feridas...  id, ego, físico,
doloridamente empanturrada
de tanta má emoção,
sob as rédeas dos seres inábeis,
omissos. 

Amor, manda daí do Cosmo
o patuá do seu Orixá,
para eu poder limpar o sal desta lágrima
que te afasta
e me cerca de perigos.