11 de março de 2014

Engano
Suzette Rizzo

Restos ou não, entreguei-me a ti,
ansiando revigorar a alma dilacerada.
Fiz versos, fiz tantos
esfarrapados ou não, os fiz,
dedicados as tuas desobstruídas coronárias,
por onde escorregam caras e bocas,
vítimas do assédio  dos teus poemas
e palavras.

Restos ou não,
esparramei  nuvens rosadas no céu,
sombreando os calores que disseste sentir.
E agora me vejo um capacho,
onde limpas os pés e não para entrar.
Mas sim,
por exaustão dos vestígios de mim...  

se ir.
Baixa Auto- Estima
Suzette Rizzo

Queria ser outra, um pouco de todas
menos quem sou.
Queria ser Wilza Carla, Ohana,
mulher sonho,
mulher desejo
mas sou o que sou.
E se algo fosse de melhor, eu teria sentido
quando me abraçou.




Quisera ser outro estilo
ter na cabeça outra poesia,
menos drástica, mais aliciadora,
mas sou par de Florbela,
claro, muito abaixo dela.
Ousaria ser outra
se usasse uma máscara....
Mas sou o que sou
menos tudo, mais poeta.
Porém, em mim, que pena!
Não notou a alma clara,
nem a ilusão entreaberta.
E ainda tão ex em tudo
cuspiu o ultimo veto:

“Deixa  quieto”!