8 de fevereiro de 2014

Caminhos
Suzette Rizzo

Se eu não enxergasse com olhos filosóficos,
veria tudo terminado neste orbe.
Portanto, tenho pena dos que se dizem a quem,
pensam e exprimem sem experimentos.
Se eu não enxergasse como enxergo,
nada diria,
mas o que vejo seduz anjos caídos,
o que vejo seduz apenas quem mora
nas profundezas da primariedade
ou recente outrora.
Meu oceano é “Tao” e não preciso a nudez física
em meus versos
para exibir minha espiritualidade.
‘Creia, pessoa que me condena, 
sou o inverso’.
Estou sim, nua da superficialidade
dos desejos pequenos.
E pra você que se ilude com pouco digo:
“Arrasto meus sonhos pra onde quero
Sou meio que vento”.

February 8, 2014
Maquinação
Suzette Rizzo

Espinhoso labirinto
em que cada vez mais me perco
nas noites mal dormidas.
Solto em ais um ou outro solfejo
nas horas de chuveiro,
mas o que espanta não é culpa
nem minha ousadia,
e sim  a lembrança da alma revelada
agora enfim, a verdadeira.
Adentro escuros
e nem avisto o mago,
aquele ser que engoli num só trago
e me embriagou.
Será que esse vício de beber-nos,
 incrivelmente  escorreu por dentro, 
preencheu...
alentou tanto, tanto
que nos extenuamos?
Agora eu sei... 
De concreto
ele forjou que namoramos
e todo o resto!!!

Suzette Rizzo _ December 2,  2013


Cauterização
Suzette Rizzo

Tantas decepções
formando uma constelação de
estrelas sangradas...
Tantas mortes, tantas lágrimas,
tanto ardil, engodo, sombras,
palavras manchadas nas ultimas páginas.
Tantos dias quase felizes,
outros tantos desesperados,
tanto namoro, tanto mel,
pra gerar amor frustrado.
Mas eu quase compreendo
a morbidez e apatia do poeta...
Por isso,
quase me converto em lama,
mas volto à alma deserta.

Suzette rizzo_ Sunday, December 08, 2013

Último ato (II)
Suzette Rizzo

Não posso forçar rimas
tão pouco inventar versos...
Estou pobre de sentimentos,
de inspiração, desejos
e creio que a poesia dormirá
sob o edredom
até que eu sonhe, quem sabe,
novos beijos...
Fugirei da antiga e fictícia companhia
e da utopia de ser poetiza.
Não observarei a rua deserta,
nem pensarei nas guerras...
Deixo de lamentar o final dos tempos
pois a criatura bem merece
rolar fora da terra.
Expulso de mim a vontade
de escrever saudades...
Cansei de imaginar vestes 
e a solidão das outras esferas
e cansei do que há na terra.
Não quero nem mesmo reler 
amontoados de confissões ladinas...
Estou fechando as cortinas
do ultimo ato.




                  TUDO É FINITO, POREM...
                                 Suzette Rizzo      

          Fui criada
          para ser algo mais do que sou,
          talvez muito, talvez tudo.
          Nascida no centro do universo,
          que também foi criado,
          portanto finito.


          Deve haver um porque escondido
          acima dos universos,
          segredo Dele, do Criador,
          aquele que nunca comete delitos.
          Devo poetar por algum motivo,
          mas seria em vão qualquer escrito
          se meu ser fosse extinto.


          Tenho entranhas abstratas,
          penso tridimensional, pesquiso,
          ingiro sabedoria, o Máximo possível...
          E, que Einstein sopre em meus ouvidos,
          aquele poema incluído
          em meus futuros ciclos...
          para que eu prossiga este fascínio.

        
          E quando Ele, o Maior, soltar-me
          destas algemas, definitivo
          e, eu, puder flutuar acima dos universos,
           atingindo o alcance finito,
           porem descobridor da minha criada criatura...
           talvez brilhe uma pequena luz
           no país angelical das artes, ao qual farei jus, 

           por meus loucos versos,
           loucos por Ele, de amor.

          Suzette Rizzo_

UM NOVO AMANHECER!
Suzette Rizzo

Reencarnarei ao amanhecer
os sonhos não realizados,
manhãs desprezadas,
noites fechadas em minha alma.

reencarnarei asas desapercebidas,
poesias estreladas
e aquele cântico introvertido
cantarei antes do sol nascido.



reencarnarei ideais inacabados,
serei a pluma que revoa a poesia
não vivida.

reencarnarei nova em folha,
abrindo olhos cegos, assim que a rolha
do champanhe explodir.

reencarnarei o embrião já formado,
escorrendo o riso pela face...
reencarnarei livre das traves

dançando a leveza das manhãs,
cuja musica entoará desta vez,
reencarne suave.

Suzette Rizzo _August 29, 2013