1 de janeiro de 2014

Admissível sim
Suzette Rizzo

Plantei ilusões
neste meu jardim subnutrido
de esperanças
e renasci dessa meia volta
que me faz outra vez criança.
Ah!  Este amor farejado 
transporta-me 
por entre odor de flores,
extermina o asfixiado vazio 
impregnado de amargores.
Não é certo me recolher,
nem certo sufocar o afeto 
ou a fluência das emoções 
do meu ser para o teu.
Extrapolamos palavras e caricias,
nosso jeito volumoso de amar...
Trocamos estrelas e ternuras
que o céu nem ousa reprovar.
Plantei ilusões na alma nua de sonhos,
colho magia em teu olhar castanho.
Ousamos contra a correnteza, 
mas ancorados recebemos do Oceano 
graças e ganhos.

Suzette Rizzo _ November 16, 2013
Néctar
Suzette Rizzo

Prazer é tudo que faz os olhos semi cerrarem-se!
Vem do pensar quando exala perfume,
de palavras que serenizam
e elevam tudo ao cume...
Prazer é o que se sente quando alguém se aproxima
e a alma tremula emoções
como fazem cardumes.

Prazer é tudo e qualquer pensamento,
a gênese num só momento,
é destino que se cumpre!


Wednesday, January 01, 2014
Mortal
Suzette Rizzo

Não me conheço, penso.
E quando me encontro no espelho,
ora me odeio,
ora me beijo.
Minha alma às vezes é como um raio,
uma estrela cadente em pleno curso,
mas sou mais tempo como a lua
que se esconde lentamente.
Não sei se me falta ar
por estar em meio ao fogo,
ou se me incendeio por odiar
este meu jeito louco.
Não me conheço, penso.
Mas desfaleço creia... Se não te tenho!


Wednesday, January 01, 2014
Te peço
Suzette Rizzo

Tem piedade de mim
que tanto quis,
sem perceber o mal que fiz.
Tem piedade do amor real,
dos acontecimentos casuais,
dos caminhos que se cruzam
depois dos Portais.
Tem piedade de mim
perdida nesta estrada,
nestes desejos impossíveis,
piedade
desta borboleta cega de paixão
se debatendo nos muros da ilusão...



Tem piedade deste aflito coração,
que de tão liberto das opressões,
tornou-se desonesto
e de tão amante tornou-se pecador.
Tem piedade eu Te peço, das raízes
que não podem emaranhar-se nesta terra...
Tem piedade do que gotejou sensivelmente
e agora coagula
fechando os vãos da culpa,
pouco a pouco lapidadas com  tanta dor!

Wednesday, January 01, 2014