3 de dezembro de 2014

Conduzida


Conduzida
Suzette Rizzo

Testam-me,
não sei quem, de onde vem,
qual lugar reside quem me testa.
Sinto-me espreitada,
dominada, contaminada


regulada por algo
que me apara arestas.
Desconheço a minha real identidade
e exceto saber-me poeta de alma
quem me testa devora-me o sono,
a vida, a calma.
Não sei em qual esquadra vim
ou em que mundo estou...
Se é ele simulado, paralelo,
fabricado...
ou mesmo algo computado...
Na verdade, um molde infeliz,
avaliado de tempos em tempos,
quem sabe uma amostra a mais
tipo robô da Matrix...
cujo comando sem dúvida negro
como falta total de luz.
Posso pensar mais o quê,
se nunca estive liberada
e não consigo ser feliz ?

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