SOLIDÃO
Suzette Rizzo
Invade sem qualquer cerimônia,
repetidamente, cronometradamente,
junto ao meu despertar.
E lá vem ela, colada,
olhar-se no mesmo espelho,
cortar pensamentos otimistas,
ser parte da minha vida !
Sinto-a mexer comigo,
fixar-se em meus vazios,
fixar-se em meus vazios,
penetrar pensamentos
aos quais respondo, a mim mesma.
Surpreendo-me...
é minha a voz,
é minha a voz,
mas e a outra, de onde vem?
E a solidão desanda nesse tête-à-tête
chatérrimo...
coisa grosseira, xucra...
persistentemente convencendo,
que sou par de coisa alguma.
Suzette Rizzo,
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