2 de novembro de 2014

Pássaro Desgarrado


Pássaro Desgarrado
Suzette Rizzo



Vejo um único caminho
encoberto pela neblina,
cego de tantas lágrimas.
Bem dizem as linhas desta mão,
todas entrelaçadas
como espinheiros,
que estas páginas cairiam nos bueiros
desta caminhada.

O aperto do sofrimento
e o agudo da  sensibilidade,
faz com que meu espírito
queira gestar luzes e cores.
e são esses os desejos
de quem aprendeu nas dores

Mesmo beirando abismos
ouço a chamar-me os sinos.
que entoam  pelas noites
deste meu mundo sem ninho.
 Sou um pássaro desgarrado,
que ecoa gritos...

Pousado em badalos desordenados
na ventania do destino

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