22 de junho de 2014




Chuva de tristezas
Suzette Rizzo

Não posso permitir
que pedaços de tristeza
se alastrem como formigas
e me devorem a alma detida
Não posso permitir a minha vida
o escancarar das portas
para que a ave que me habita
retorne ao lugar de origem.

Não agora... não agora!

Procuro esquecimento,
um breve relaxamento (que seja)
uma latinha de cerveja,
o sono alheio as horas...
Preciso buscar o riso, a piada,
a maciez da estrada...
Parar o aguaceiro,
de dentro e de fora.

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