Chuva de tristezas
Suzette Rizzo
Não posso permitir
que pedaços de tristeza
se alastrem como
formigas
e me devorem a alma
detida
Não posso permitir a
minha vida
o escancarar das portas
para que a ave que me
habita
retorne ao lugar de
origem.
Não agora... não agora!
Procuro esquecimento,
um breve relaxamento
(que seja)
uma latinha de cerveja,
o sono alheio as horas...
Preciso buscar o riso, a
piada,
a maciez da estrada...
Parar o aguaceiro,
de dentro e de fora.
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