23 de maio de 2014


Crise depressiva.
Suzette Rizzo 




Aborrecimentos uivam
de modo aflitivo
e a lágrima que arranha a face
incha os olhos ardidos.
Mas nada cessa nem seca,
interioriza-se novamente..
O acumulo deprime
desanda envergando os sonhos,
e não há linha de chegada
ao pessimismo.

Nem sei se chove
"não botei a cara na janela".
não tenho portas trancadas,
mas estou encarcerada
corpo e alma.
Penso numa palavra ofensiva,
berrantemente amarela.
Sinto um nó na garganta
e o aguar da saliva...
A essência se comprime
semiviva

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