11 de abril de 2014


A ÚLTIMA POESIA
Suzette Rizzo 


Nesta manhã, a vida cheira mal
e a lágrima enoja, assim puro sal...
tenho a pele ressecada
e sufoca-me saber que existo. 

Estou tropeçando em pensamentos
infelizes,
cambaleando ridículo,
escorregando depressa,
não sei pra qual abismo. 

É... Estou apagando o céu a porrada,
exportando meu coração aos infernos
e as duas faces da minha sombra
transpiram desencantos...

Agora acabou!
Resta rasgar-me em garras solares,
eletrocutar de vez camaleões interiores... 

Estou vomitando aspirações,
inspirações,
ilusões,
você.

Suzette Rizzo


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