UM
TOLO EM MINHA VIDA
(II)
Suzette Rizzo
Meus sentimentos frustrados
libertaram-se...
Estavam eles trancados no peito,
inundando a alma de águas salgadas .
Escaparam através das frases tímidas,
atraindo seus olhares insensíveis,
que por fim consentiram
uma abertura pequenina,
buraco de agulha... mal pude
entrar .
E tudo se deslanchou de modo simples,
estávamos dois velhos amigos,
vivendo a calma do amor acostumado,
de gostos conhecidos...
e poucos anos se passaram,
quando ele se deu conta ,
que o calmo não é paixão.
Detestou tal ausência vibrante,
ânsias constantes...
era pouco amar assim !
Queria o transbordar das emoções,
a fantasia principiante, a euforia estonteante...
e quem não quer princípio eterno?
Mas, nem sabia, o tolo,
que todo amor amadurece
e por si sereniza...
e que o bom do amor é o tranqüilo,
é simplesmente estabilidade
e a paz de cada dia.
O resto é tesão dos primeiros dias,
misturado ao relâmpago da paixão.
Isso termina !
Não chega nunca ao coração !
Suzette
Rizzo
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