Asas podadas
Suzette Rizzo
Cortaram-me as asas,
a liberdade sonhada, suplicada ,
chorada milhões de séculos.
Reconheço-me mais uma vez,
em idêntico exílio
nesta alma aprisionada,
sempre em
destroços...
Voltei
seqüência do meu martírio.
Destino infame, castração eterna,
impotência absoluta diante de tudo...
Nem em sonhos alcanço alturas!
Resto-me alma sombria,
guardando os mesmos lutos...
Sou vida curta
caída em caos profundo!
Minhas asas abstratas
não conseguem nunca
viver futuros.
Suzette
Rizzo_
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