24 de março de 2014

Asas podadas
Suzette Rizzo

Cortaram-me as asas,      
a  liberdade  sonhada, suplicada ,  
chorada milhões de séculos.

Reconheço-me mais uma vez,
em idêntico exílio
nesta alma aprisionada,
sempre em destroços...                    
Voltei   
seqüência do meu martírio.                         

Destino infame, castração eterna,  
impotência absoluta diante de tudo...
Nem em sonhos alcanço alturas!
Resto-me  alma sombria,
guardando os mesmos lutos...  

Sou vida curta
caída em caos profundo!
Minhas asas abstratas
não conseguem nunca
viver futuros.


Suzette Rizzo_ 

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