AGOURO
Suzette
Rizzo
Havia
um corvo, um ninho deles
em
meu telhado,
agourando
a minha vida
matando
tudo que era meu.
Um
corvo que sujava a paz,
estraçalhava
o futuro,
farejava
desgraças
e
afastava de mim, tudo.
Eu
não via esse corvo,
mas
alimentava a esse e a todos
agasalhando-os
com meus temores.
Não
sabia que estavam lá...
E quando
pude senti-los, já não tinha casa
e
ele, o rei fortalecido, devorou-me a alma.
Suzette Rizzo
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