28 de fevereiro de 2014

QUANDO
Suzette Rizzo

Quando a fome dói
e o desamparo veste-se de caos,
o morro da noite  despenca
sobre um futuro paraplégico...
Os dias se estancam
e o que vaza,
penetra a fenda e escapa .


Quando a saudade
de coisa alguma,
tenta cavar uma brecha,
achar um escape,
e nada acontece...
A cabeça queima
e o sonho falece .


Quando a vida mata a ilusão,
pois ela mesma não se sustenta,
nem o vento carrega a magoa,
nem a musica acalma a alma...
Ninguém quer, ninguém alenta .


Quando bate a solidão
que isola o corpo dos outros
e os olhos gritam
vazios da essência,
de nada vale o calor do sol,
de nada vale a existência !

Suzette Rizzo

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