6 de julho de 2011



 
Sempre rainha
Suzette Rizzo
 
Escureço pensamentos
tentando expulsar
a inegável saudade.
Mas ela surge cercada de néons,
entre cenários iluminados,
em seu posto de rainha,
forte... dominadora...
eterna ditadora !

Embrenha-se a força nos sonhos,
pensamentos, nos livros que leio,
nas poesias que escrevo,
na poesia dos outros,
nos jornais, nos filmes
e  propagandas;
lá vem ela, com seu cetro mágico
fabricando espinhos.

E o pior é que
nem rasgando a alma sái;
esse espinho penetra,
dói... e dói... e dói
por toda a minha eternidade.
Acho que nem mesmo
a morte o expelirá,
esse aguilhão da saudade.
   
Suzette Rizzo _ 05.09.2004